quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Especialista diz que amamentação reduz hipótese de obesidade na infância

O aleitamento materno é a primeira maneira de prevenir a obesidade, que na sua forma mais grave (obesidade mórbida) cresceu mais de 250% entre a população brasileira nas últimas quatro décadas. A informação é do nutricionista Fábio da Silva Gomes, da área de Alimentação e Nutrição do Instituto Nacional do Câncer (INCA), um dos responsáveis pela divulgação no Brasil de um relatório internacional no qual foram avaliados mais de 90 estudos realizados em várias partes do mundo sobre amamentação e fatores de risco ligados à obesidade.


O conjunto de estudos foi incluído entre outras sete mil pesquisas a respeito de nutrição, atividades físicas e prevenção de câncer, já que a obesidade está fortemente associadas a pelo menos seis tipos de tumores.
Segundo ele, até pouco tempo, a amamentação era recomendada por ajudar a proteger a criança contra infecções, no entanto, estudos recentes revelaram que o aleitamento materno também reduz as chances de obesidade na infância, e conseqüentemente, na idade adulta.

“Os estudos descobriram que entre as crianças que recebiam só o leite materno durante os seis primeiros meses de vida, a chance de se tornarem obesas durante a infância era muito menor. E isso é importante porque o excesso de peso durante a infância tende a se estender à idade adulta”, destacou o nutricionista.

Segundo ele, a mãe que amamenta até os seis meses está diminuindo a chance do seu filho se tornar uma criança e um adulto obeso, além de se proteger contra o câncer de mama. E alertou: “É comum vermos mães que têm boa condição financeira, mas trabalham muito e optam por não amamentar a criança, começando desde o início com uma alimentação com leite em pó, papinha. Isso pode provocar a obesidade que vai gerar um problema futuro para a criança “.

Crescimento - O aumento de 255% na obesidade mórbida entre a população brasileira, de 1975 a 2003, foi apontado por um estudo das Universidades de Brasília (UnB) e de São Paulo (USP) divulgado na semana passada. De acordo com pesquisa, a parcela de pessoas acima dos 20 anos com obesidade mórbida passou de 0,18% em 1975, para 0,33% em 1999 e para 0,64% em 2003.

De acordo com Gomes, outras descobertas científicas mostraram ainda que bebês nascidos abaixo do peso normal e crianças que não ganham o peso adequado durante a infância apresentam uma espécie de programação no organismo que favorece o aparecimento de doenças crônicas como a obesidade, hipertensão e diabetes.

Ele conta que os primeiros experimentos começaram com ratos que passavam por grandes restrições alimentares na infância e depois, quando tinham alimento à vontade, aumentavam muito mais de peso do que os outros com alimentação suficiente no primeiro período de vida. “É como se estivessem tentando recuperar algo que deixaram de consumir, uma espécie de compensação,” explicou. Fábio da Silva Gomes ressalta, porém, que crianças dentro do peso previsto ou acima dele podem estar mal nutridas, já que nem sempre a condição física mostra a realidade nutricional.

Dados da Pesquisa de Orçamento Familiar, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que dos 95,5 milhões de pessoas com 20 anos ou mais, 38,8 milhões tinham excesso de peso, dos quais 10,5 milhões eram obesos, e aproximadamente 6% deles eram obesos graves. A maior incidência da obesidade mórbida foi observada nas regiões sul e sudeste do país entre as mulheres, onde o percentual foi de 0,95% contra os 0,32% registrados entre os homens.

in atarde online

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Reunião da ONU discute uso de insectos como alimento para países pobres

Alguns desses bichos podem ter tanta proteína quanto uma carne bovina ou de peixe.

Alternativa pode resolver problema da fome em nações menos desenvolvidas.

Já pensou em comer um gafanhoto? E um besouro? Que tal formigas ou abelhas?

Tudo bem, isso pode não ser exatamente o que dá água na boca na maioria das pessoas, mas é exatamente o que pode resolver o problema da fome em países mais pobres. É exatamente esse assunto que está sendo discutido durante uma reunião da Organização para Comida e Agricultura (FAO, na sigla em inglês) das Nações Unidas, na Tailândia.

Apesar de nojentinhos, alguns insetos apresentam tanta proteína quanto um belo bife ou pescado. Em forma de larva, muitos são ricos em gorduras, vitaminas e minerais.

E em muitos países o hábito não é apenas comum, como apreciado. Segundo dados da FAO, 527 diferentes tipos de insetos servem como alimento em 36 países da África, 29 da Ásia e 23 das Américas. Os tailandeses, por exemplo, apreciam nada menos que 200 diferentes tipos de insetos -- e um passeio pelas ruas do país mostra que ambulantes vendendo os bichos como petiscos são algo para lá de comum.

Na reunião, a agência da ONU vai discutir as possibilidades comerciais e nutritivas do consumo em larga escala dos insetos.

in g1.globo.com

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Riscos dos atletas de fim-de-semana

Para quem gosta da prática de desportos apenas de vez em quando, vale lembrar o ditado: “é melhor prevenir do que remediar”

Você é daqueles que adora bater uma bola no final de semana? Reúne os amigos no sábado e joga a manhã toda, certo? Ou então, gosta de jogar um ténis para relaxar e esquecer a semana. Ainda, gosta mesmo é de cair na piscina e nadar por horas, tentando melhorar seu próprio desempenho - ainda que longe dos profissionais. Seja qual for o seu caso, saiba que o mais importante é se prevenir para evitar surpresas desagradáveis. E não é preciso ficar alarmado, porque, se bem direccionado, o desporto pode ser de grande auxílio na sua estafante rotina diária.

Para o fisiologista e coordenador do CEMAFE/Unifesp (Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte da Universidade Federal de São Paulo), Turíbio Leite de Barros, a prática de desportos, ainda que esporádica, deve ser incentivada, mas sempre com cuidado. "O futebol de final de semana é um lazer. E é um momento que, do ponto de vista de doenças provocadas por excesso de trabalho, é uma terapia. Então isso deve ser valorizado e não desestimulado", diz. "Agora, é evidente que para valorizar a importância desse momento na vida de qualquer um também é importante estar alerta para eventuais riscos que ele possa correr ao fazer isso."

Falar em riscos, embora possa parecer alarmante, não deve ser visto sob este ponto de vista. É muito melhor avaliar os riscos e tentar eliminá-los para garantir uma prática tranquila, do que estragar a própria diversão com uma contusão - ou mesmo com algo mais sério. "Na verdade, o principal risco que se corre é que esse lazer acabe sendo o gatilho de manifestação de uma doença", diz Barros. "Essa actividade física pode disparar uma ocorrência até mesmo fatal de uma patologia que ele já é portador e não sabe. Nesse caso, o próprio prazer trazido pelo jogo deve ser um motivo para realmente se preocupar com a prevenção."

Sendo assim, fique atento aos seguintes conselhos:

1>> Em primeiro lugar, você precisa conhecer o seu corpo. Em cada detalhe. Conhecer sua condição física, saber se está em situação favorável à prática de desportos. Para isso, o primeiro passo é consultar um médico. "O exame médico é obrigatório. Muitas pessoas possuem patologias e não sabem disso. São pessoas que ficam dez, quinze anos, sem ir ao médico, sem fazer um exame mais aprofundado e se metem a praticar desportos", explica o coordenador do curso de Educação Física da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), Flávio Delmanto.

"Antes de começar a fazer uma actividade, é importante passar por uma consulta médica, conversar com um especialista. Mesmo que não sinta nada. Se sente alguma alteração, algum sintoma mais complicado, aí tem uma razão ainda mais importante para passar por um check-up", aconselha o Médico Especialista em Medicina Desportiva do CEMAFE/Unifesp, Paulo Zogaib. "Muitas vezes o jovem acha que não tem que fazer o exame. Mas, no fundo, também precisa. Se já fez exame e sabe que não tem problema físico, tudo bem. Mas o certo é que todos, independente da idade, façam exame médico antes de começar a praticar desportos", acrescenta Delmanto.

2>> Se você acha que basta bater uma bolinha no final de semana e está tudo certo, errou. Manter uma actividade física regular é o melhor caminho para uma prática desportiva saudável. É o que alerta o doutor Zogaib: "Não dá para fazer exercícios uma vez por semana, mesmo que o futebol só ocorra aos domingos. Se mantiver bom condicionamento, melhorar a condição cardio-respiratória, circulatória, muscular e fizer uma dieta, o indivíduo vai estar apto para jogar no fim-de-semana. O complicado é ele não fazer nada a semana inteira e, no fim-de-semana, jogar duas, três horas de futebol. O organismo não está apto a isso".

Deixar a manutenção física apenas para o futebol, ou o ténis, ou o vólei - em geral, actividades de impacto - é uma agressão ao corpo. É como tirar um veículo do zero e exigir que, em poucos instantes, ele chegue a 200 km/h e mantenha esse desempenho. "Tudo que se puder fazer é ponto favorável para atenuar o impacto exagerado. Mesmo que a pessoa só possa fazer, realmente, uma caminhada duas ou três vezes por semana. Já seria alguma coisa e traria resultado", acrescenta Barros.

3>> A palavra-chave é prevenção. Se você está se cuidando, fez o check-up preventivo, está mantendo um bom condicionamento físico, parabéns. Suas chances de obter um bom desempenho - no sentido da saúde, não apenas de alcançar vitórias - são maiores. No entanto, se você não segue nada disso, e durante a prática sentiu algo diferente, ainda que de leve, pare. Esse é um sinal do seu corpo de que algo está errado. Aí, é hora de procurar um médico e relatar a ele o problema, fazer um check-up e garantir que tudo não passou de um susto.

"Se o indivíduo sentir a respiração ofegante, ou seja, falta de ar; batedeira no peito; suor profuso; tontura; desmaio; dor de cabeça; dor abdominal persistente: esses são sinais de que alguma coisa não está funcionando legal", alerta Zogaib. "Então, o cara tem que parar, fazer uma avaliação física, passar por uma consulta médica. Nesses casos, é claro que o organismo não está suportando a carga e alguma coisa está fora da programação."

No mais, o que importa é curtir o seu futebolzinho (ou o tênis, a natação, o vôlei) com seus amigos com tranquilidade. Se estiver tudo seguro, o desporto irá acrescentar saúde à sua vida. Não apenas no reflexo do condicionamento físico, mas também em relação à saúde mental, efectivamente como uma terapia. "Se a pessoa puder estender essa proposta a algo um pouco mais metódico, como manter uma actividade regular e depois jogar, além de ter o prazer e a integridade física preservados, ele registrará melhora de saúde e da qualidade de vida em consequência disso", finaliza Barros.

in universia

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Rolling Stones assumem-se contra as drogas

Os Rolling Stones, considerados um dos primeiros grupos de "bad boys" do rock, alertaram os jovens ídolos da música ao dizer que as drogas não dão satisfação.


Em declarações publicadas pelo jornal inglês "The Sunday Times", o vocalista da banda, Mick Jagger, de 64 anos, disse que, quando ele e os companheiros tiveram experiências com drogas, "pouco se sabia dos seus efeitos", e acrescentou que na época "não havia centros de reabilitação".

Jagger foi detido em 1967 por porte de drogas, embora actualmente seja mais conhecido no Reino Unido por ser fã dos exercícios físicos - o cantor corre quase 12 km por dia, além de praticar natação e boxe.

O guitarrista dos Rolling Stones e ex-viciado em heroína, Keith Richards, também de 64 anos, declarou que, se a cantora Amy Winehouse não deixar as drogas, acabará igual a ele.

O outro guitarrista do grupo, Ron Wood, de 60 anos, - que consumiu cocaína a ponto de lesionar o nariz - incentivou a modelo Kate Moss, no ano passado, a deixar Pete Doherty, da banda Babyshambles, que tem um longo histórico de envolvimento com drogas. Para Wood, Doherty "não era muito bom para ela".

No entanto, alguns críticos dos Rolling Stones acham que os integrantes da banda parecem-se mais com avôs que não se lembram do seu passado...

in jornal de notícias

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Hábitos alimentares das crianças - Pequeno-almoço

Apenas uma em cada 27.500 crianças entre os seis e os dez anos consome alimentos sem açúcar ao pequeno-almoço.


“Alarmantes” foram os resultados de um estudo sobre os hábitos alimentares das crianças portuguesas, apresentado em Lisboa no final de Maio. A amostra de 27.500 alunos do ensino básico revelou que apenas 12,4 por cento das crianças inquiridas fazem escolhas saudáveis na primeira refeição do dia. Os alimentos mais frequentes ao pequeno-almoço são o pão com manteiga (47 por cento), as bolachas (54,1 por cento) e a fruta (37,3 por cento). No caso das bebidas, é o leite com chocolate o preferido. Cerca de quatro em cada 10 bebe leite simples e 13,2 por cento acrescenta-lhe café.

O estudo permitiu ainda detectar que 84,9 por cento das crianças, por saltarem refeições a meio da manhã ou da tarde, passam no mínimo 11 horas em jejum. Os erros na alimentação das crianças prejudicam o seu rendimento escolar, afectando o desenvolvimento cognitivo e físico.

Fonte: Lusa

O seu filho é provavelmente uma das 27.500 que não se alimenta convenientemente de manhã.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Consequências da má nutrição em doentes com cancro

Muitos dos doentes com cancro têm dificuldades em manter um bom estado nutricional por falta de apetite, má absorção e dificuldades mecânicas na mastigação e deglutição que lhes produz a doença. Este deficit nutricional influencia de forma negativa a sobrevivência do doente. A malnutrição energético-proteica (MEP) considera-se um factor de risco de mortalidade no cancro. A incidência de mal nutrição no doente varia entre 15-45% no momento do diagnóstico a 80% na doença avançada.


A doença oncológica é multifactorial e, desde o início do diagnóstico, deverá considerar-se o suporte nutricional como parte integrante do tratamento. O objectivo não é engordar o doente é nutri-lo. Proporcionar-lhe um estado nutricional aceitável melhorará a resposta ao tratamento, a qualidade de vida e o prognóstico da doença.

A presença e o grau de desnutrição vai depender do tipo do tumor, da fase da doença e do tratamento antitumoral recebido. As causas são múltiplas. Por um lado, produzem-se alterações metabólicas que alteram o apetite e a absorção de nutrientes. Por outro lado, os tratamentos aplicados agravam ainda mais o deficit de ingesta de alimentos, dando lugar à deterioração do estado nutricional. O conhecimento destes factores e a sua detecção precoce é imprescindível.

A caquexia associada às doenças oncológicas é uma síndrome paraneoplásica caracterizada pela perda progressiva e involuntária de peso, astenia e incapacidade para realizar actividades mínimas. Acompanha os estádios terminais das doenças crónicas. Surge em 2/3 dos doentes. As consequências clínicas da caquexia traduzem-se em emagrecimento com diminuição das reservas calóricas, anorexia com perda de apetite e saciedade precoce, astenia, debilidade, cansaço fácil, fadiga e diminuição da actividade física. As alterações metabólicas passam por anemia ferropénica, edema por falta de proteínas, deficit de vitaminas e electrólitos, alterações neurológicas (apatia; irritabilidade), alterações digestivas (gastrite; diarreia) diminuição da imunidade com alterações cutâneas e predisposição para infecções.

Recomendações nutricionais

As recomendações nutricionais para evitar a MEP vão melhorar a tolerância aos tratamentos e a qualidade de vida. Estas recomendações devem de individualizar-se, tendo atenção ao tipo de alimentos ingeridos, à alteração dos hábitos alimentares, etc. Deve de ser feito um estudo das necessidades do doente, sendo que, de forma geral, 55-60% da dieta à base de hidratos de carbono, 10-15% proteínas, 30% gorduras (7% saturadas, 8% polinsaturadas e 15% monoinsaturadas), com atenção ao aporte de vitaminas e sais minerais nas frutas e verduras e a uma correcta hidratação. A falta de apetite poderá corrigir-se com alimentos variados, em pouca quantidade e muitas refeições, cozinhados simples, grelhados ou cozidos e evitando alimentos com excesso de gorduras.

Existem formas de atingir as necessidades nutricionais. Em primeiro lugar, com suplementos ricos em leite (em pó, condensado), farinhas ou mel, com a finalidade de enriquecer a dieta, aumentando as calorias sem modificar a quantidade. Às vezes, é necessário recorrer a suplementos artificiais, com pouco volume, mas ricos em energia, proteínas, hidratos de carbono e gorduras.

O suporte nutricional utiliza-se para estimular o sistema imune e corrigir as alterações metabólicas produzidas no organismo pela caquexia tumoral. Os mais importantes são os ácidos gordos omega-3, como o acido eicosapentanoico (EPA), relacionados com a supressão das alterações metabólicas associadas ao cancro e com a estabilização do peso. A sua administração, em conjunto com proteínas e calorias suplementares promove a recuperação do peso, a restauração do tecido muscular e a um aumento da funcionalidade e da qualidade de vidas nos doentes oncológicos.

in medicosdeportugal

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Unidade Móvel de Apoio e Aconselhamento sobre Disfunção Eréctil


No Dia Europeu da Disfunção Sexual falar e informar com quem procura soluções para problemas relacionados com a Disfunção Eréctil, Diabetes e Hipertensão é a missão de uma equipa de profissionais de saúde composta por psicólogos e enfermeiros.


No dia 14 de Fevereiro, na Praça do Comércio, em Lisboa, e 15 de Fevereiro, na Praça dos Leões, no Porto, entre as 08h00 e as 19h00, a Unidade Móvel de Apoio e Aconselhamento “Saúde em Movimento” vai disponibilizar aconselhamento através do atendimento personalizado, anónimo e confidencial, efectuado por psicólogos e no gabinete de enfermagem, os utentes podem medir a pressão arterial e os níveis de glicemia.

A Unidade Móvel será um espaço de informação que pretende esclarecer as pessoas sobre a patologia e quebrar alguns tabus que lhe estão associados. Esta é uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Andrologia (SPA), com o apoio da Lilly Portugal que pelo sexto ano consecutivo assinala em Portugal, o Dia Europeu da Disfunção Eréctil.

A Disfunção Eréctil (DE) é definida como a incapacidade em atingir ou manter uma erecção suficiente para manter uma relação sexual. Estima-se que aproximadamente 189 milhões de homens em todo o mundo sofrem de DE. Especialistas acreditam que cerca de 80 a 90% dos casos de DE estão relacionados com situações clínicas como a hipertensão, a diabetes, a hiperlipidémia e o tabagismo, podendo ainda estar associada a outros factores como lesões neurológicas (prostatectomia radical, lesão da medula espinal, esclerose múltipla), e utilização de fármacos (anti-hipertensivos e anti depressivos). Os restantes 10 a 20% estão associados a factores psicossociais (depressão, stress). Em Portugal a disfunção eréctil é uma patologia com alta prevalência, afectando cerca de 500 mil homens.

“A disfunção eréctil é uma doença que pode ter graves repercussões na qualidade de vida do homem e do casal que muitas das vezes não sabe como e a quem recorrer para iniciar o tratamento. Para fazer frente a estas dificuldades, têm sido importantes as iniciativas de sensibilização e informação implementadas junto da população ao longo dos últimos anos. É fundamental alertar e sensibilizar os casais, informando-os da possibilidades de tratamento.”, refere o Professor La Fuente de Carvalho, Presidente da Sociedade Portuguesa de Andrologia.

in medicosdeportugal

Novos genes envolvidos no cancro da próstata identificados

Identificados sete novos genes envolvidos no desenvolvimento do cancro da próstata. Uma identificação que poderá vir a dar origem a um novo método de diagnóstico e ao desenvolvimento de novos medicamentos.


O cancro da próstata é o cancro mais comum que afecta os homens nos países desenvolvidos e aquele sobre o qual, segundo os especialistas, existe menor conhecimento, o que o torna de difícil diagnóstico e tratamento.

Cientistas do Institute for Cancer Research do Reino Unido em conjunto com uma equipa da Universidade de Cambridge anunciam ter identificado sete novos genes que estão associados a 60% de maior risco de desenvolvimento de cancro da próstata.

Os resultados do estudo de grandes dimensões estão publicados na edição de 10 de Fevereiro, da revista científica Nature Genetics e abrem as portas para novos métodos de diagnóstico através da identificação da presença destes genes no ADN dos pacientes.

«Nós identificámos sete loci associados com o cancro da próstata nos Cromossomas 3, 6, 7, 10, 11, 19 e X», escrevem os cientistas na Nature Genetics e adiantam que, «confirmados os estudos anteriores de loci comuns associados com o cancro da próstata no 8q24 e 17q. Para além disso, descobrimos que três dos loci agora identificados contêm genes candidatos à susceptibilidade: MSMB, LMTK2 e KLK3».

De acordo com os especialistas dois dos novos genes identificados poderão ser de extrema relevância para a prevenção e tratamento do cancro da próstata. Um deles, denominado de MSMB poderá vir a ser usado para um despiste mais eficaz da presença deste cancro nos homens. O segundo, denominado de LMTK2, poderá vir a funcionar como alvo de novos medicamentos.

O estudo genómico agora apresentado é, até à data, o de maior dimensão alguma vez realizado no domínio do cancro da próstata. No total envolveu cerca de 10 mil homens do Reino Unido e Austrália.

Inicialmente, os cientistas fizeram o scanner do ADN de 1171 homens que teriam tido um diagnóstico de cancro da próstata antes dos 61 anos e de 683 que apresentavam historial familiar de cancro da próstata – dois factores que indiciam uma maior probabilidade de desenvolvimento da doença.

De seguida, os resultados desta análise foram comparados com os de 1894 homens que constituíram o grupo de controlo por não serem portadores da doença e viverem nas mesmas localidades. Posteriormente, para perceberem se as sete variantes eram mais comuns em homens com cancro da próstata, os cientistas estudaram e compararam 3268 pacientes com a doença e 3366 homens sem a patologia.

«Estes resultados são um avanço nos nossos esforços para compreender a susceptibilidade do homem ao cancro da próstata», afirma Harpal Kumar, Chefe-executivo do Cancer Research UK, citado em comunicado da instituição.

O especialista adianta ainda que, «esperamos que estes resultados nos ajudem a iluminar algumas das principais dificuldades que os médicos e os investigadores enfrentam no diagnóstico e tratamento do cancro da próstata, para que, em combinação com outros avanços, possamos, derrotá-lo».

Tal como noutros países desenvolvidos, Portugal apresenta uma alta taxa de mortalidade por cancro da próstata, cerca de 1800 mortes por ano. O cancro da próstata ocupa ainda o terceiro lugar da incidência de doenças oncológicas. De acordo com dados da Associação Portuguesa de Urologia, estima-se que existam 130 mil homens afectados em Portugal e que, no futuro, quase 40% dos homens com mais de 50 anos venham a desenvolver a doença.

in TV Ciência online

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Cientista cria peixe transparente para entender melhor o cancro

Foi criada uma nova variedade de peixe transparente que pode ajudar os médicos a entender melhor doenças como o cancro e o funcionamento das células estaminais.


Criado por Richard White, do Hospital Infantil de Boston, este novo peixe é uma variedade do peixe-zebra e, segundo o investigador, vai permitir um melhor acompanhamento de doenças e processos biológicos de evolução rápida.

O próprio investigador "testou" o peixe transparente, numa primeira experiência em que analisou a forma como células de um tumor na pele (melanoma) se comportaram depois de terem sido criadas, com um pigmento fluorescente, dentro do abdómen do animal. Segundo o investigador, em cinco dias, as células, vistas ao microscópio, alastraram-se da cavidade abdominal para a pele do peixe.

Para o investigador, esta reacção das células cancerosas é importante, pois indica que "quando as células de um tumor se espalham para outras partes do corpo, não o fazem de forma aleatória; elas sabem para onde ir”. Contudo, ainda não se sabe o que leva um tumor cancerígeno localizado a espalhar-se para outras partes do corpo, tornando-se posteriormente fatais.

Neste estudo, White disse ter sido capaz de ver exactamente como o cancro se começou a espalhar e mesmo como cada célula cancerígena se multiplicou individualmente – em tempo real, num ser vivo. “O que acontece num organismo vivo é diferente do que o que acontece numa placa de petri (instrumento cilíndrico de laboratório usado em culturas de células e microrganismos em geral)”, concluiu.

Noutra experiência levada a cabo pelo investigador, ele analisou detalhadamente como as células estaminais que levam à produção de células de sangue reagiram ao serem transplantadas no peixe transparente.

in ciência PT

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O trilionário mercado do bem-estar

No livro The Wellness Revolution (A Revolução do Bem-estar), o famoso consultor americano "Paul Zane Pilzer" diz que a indústria do bem-estar cresce sem parar e deve ultrapassar a casa de 1 trilião de dólares ao ano, em 2010.

Um dos factores que impulsionam este mercado é a obesidade, cujos índices dobraram desde 1980. Porém, a maior fatia desse bolo é representada pela suplementação alimentar.

Actualmente, são gastos anualmente mais de U$ 80 biliões só em suplementos e vitaminas, em todo o mundo.

A indústria do bem-estar é universal e uma tendência que veio para ficar, afirma Paul Pilzer. Não faltará oportunidade para novos negócios, todavia alerta os candidatos a empreendedores do ramo que, mesmo tratando-se de um sector tão promissor, é importante saber o terreno que se está a pisar e ficar atento aos avanços tecnológicos.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Maçãs da Cova da Beira previnem cancro

Compreender os benefícios para o organismo humano através da ingestão de fibras de maças de variedades regionais foi o principal objectivo do “Projecto 930”. Uma pesquisa realizada entre várias instituições vem agora comprovar que a ingestão de maçãs ajuda na prevenção do cancro.


“Coma maçãs da Beira, pela sua saúde”. Este poderá muito bem ser um dos próximos slogans publicitários adoptados pelos comerciantes de fruta, sobretudo os da Beira Interior.

Segundo os investigadores da Escola Superior de Saúde Egas Moniz, “as maçãs da variedade Bravo Esmolfe, a mais produzida na Beira Interior, têm propriedades fitoquímicas que ajudam o organismo humano a prevenir diversos cancros”. Esta é a mais importante conclusão retirada do denominado “Projecto 930”. Um estudo realizado pela Escola Superior de Saúde Egas Moniz (ISCSEM), Pela Cooperativa Agrícola de Mangualde, pelo Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, através da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro e que contou com a colaboração do Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (IBET), da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FF/UL) e da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior.

Durante vários meses foram estudadas as propriedades fitoquímicas e as fibras das maçãs de variedades regionais das Beiras e de cultivares exóticas e os seus benefícios para a saúde.As conclusões desta investigação foram tornadas públicas na passada quinta-feira, 31 de Janeiro, na Faculdade de Ciências da Saúde da UBI, na sessão de encerramento do Programa Agro.

Agostinho de Carvalho professor no Instituto Egas Moniz adianta que “as análises preliminares da maçã Bravo Esmolfe sugeriram que este fruto apresenta uma grande concentração em compostos bioactivos (polifenóis e fibras) e um elevado poder antioxidantes, podendo por isso ter características de alimento funcional, quer dizer, revelar influência positiva na prevenção de determinadas patologias, nomeadamente alguns tipos de cancros e doenças cardiovasculares”.

Para Catarina Duarte, investigadora do IBET, “a variedade Bravo Esmolfe, é a que apresenta melhores características na influência positiva”, existindo, todavia, outras variedades “com resultados bastante positivos”.

Neste estudo foram analisadas mais maçãs cultivadas na região e também algumas variedades exóticas com maior importância no consumo de maçã no País. Entre as espécies analisadas, destaque para as variedades regionais Malápio Fino, Bravo, Pêro Pipio e Malápio da Serra (de Gouveia) e as exóticas Golden, Starking, Fuji, Gala Galaxy e Reineta Parda. Algumas destas revelaram características que podem ser valorizadas comercialmente, “uma vez que têm riqueza nutricional que responde a algumas das preocupações que muitos consumidores portugueses têm com a saúde”, acrescenta Catarina Duarte.

De entre as várias conclusões desta análise, os investigadores envolvidos no projecto destacam ainda que “em comparação com as variedades exóticas, as maças regionais em estudo apresentam maiores actividades antioxidante e biológica, evidenciando desta forma características de produtos funcionais”.

Apesar do efeito bioactivo não ter sido significativo em 2006 nas variedades Malápio da Serra e Pêro Pio, “os resultados obtidos em 2007 são da mesma ordem de grandeza dos valores da Bravo e Malápio Fino”, atesta a investigadora do IBET.

Numa avaliação global e levando em linha de conta os resultados da análise sensorial e as características agronómicas das variedades que agora foram estudadas “concluiu-se que as variedades Bravo Esmolfe, Pêro Pipo e Malápio da Serra revelam características que podem ser valorizadas comercialmente, pois além das suas qualidades organolépticas, têm riqueza nutricional que responde a algumas das preocupações que muitos consumidores portugueses têm com a saúde”.

A variedade regional Malápio Fino poderia ser preferencialmente destinada à produção de fármacos, segundo os investigadores. Para além deste tipo de utilização, as maçãs da região “podem ainda dar uma nova face à agricultura da região”.

Agostinho de Carvalho sublinha que “estas novidades levam as pessoas a ter uma outra concepção da agricultura”. Isto porque, ao ficar provado cientificamente que os produtos agrícolas, sobretudo “os da região, trazem benefícios para a saúde e por isso mesmo a sua produção deve aumentar, os cidadãos acabam por apoiar esta actividade”, reitera.

in urbieorbi

Estudo apresenta remédio promissor para forma mais grave de leucemia

Um medicamento administrado para tratar o cancro nos rins mostrou-se promissor para o tratamento da forma mais comum e mais grave de leucemia em adultos, segundo um estudo divulgado recentemente nos Estados Unidos.

A droga Sorafenib, comercializada com o nome de Nexavar, ataca a mutação genética presente em quase um terço dos pacientes que sofrem de leucemia mielóide aguda (LMA).

"Os pacientes de LMA que apresentam esta mutação têm um prognóstico vital particularmente reduzido, e este medicamento muito específico aparece como um avanço significativo no tratamento da leucemia", declarou o principal autor deste estudo, Michael Andreeff, do centro de pesquisa sobre o cancro da Universidade de Texas (sul) em Huston.

Na primeira etapa de um estudo clínico, o Sorafenib reduziu a porcentagem média das células leucêmicas que circulavam no sangue de 81 a 7,5% e, na medula óssea, de 75,5 a 34%, em doentes que sofriam de leucemia mielóide e que apresentavam esta mutação genética.

Em dois dos 16 pacientes estudados, a taxa de células leucêmicas caiu a zero.

Não foi constatado nenhum efeito colateral grave no tratamento durante o estudo clínico, indicou Andreeff.

Além disso, o medicamento apresentou pouco efeito sobre as células que não apresentavam mutação genética nem sobre a formação das células sanguíneas normais.

A equipe de Andreeff também iniciou uma segunda fase do estudo clínico, combinando o Sorafenib e o tratamento clássico de quimioterapia para a leucemia mielóide aguda.

Aproximadamente 14.000 novos casos deste tipo de leucemia são diagnosticados por ano nos Estados Unidos e este câncer mata anualmente cerca de 9.000 pessoas.

O estudo foi publicado no Journal of the National Cancer Institute.

in ultimosegundo

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Comissão propõe rótulos com informação nutricional

Como uma das medidas tendentes à resolução do problema crescente da obesidade na Europa, a Comissão Europeia apresentou uma proposta que visa a inclusão, na rotulação dos produtos alimentares, das qualidades nutricionais dos produtos.


A Comissão Europeia apresentou no dia 30 de Janeiro uma proposta que visa a rotulação dos produtos alimentares contendo informação sobre as respectivas qualidades nutricionais, tais como a percentagens de sal e açúcar.

Os autores da proposta acreditam que a informação contida nos rótulos deverá ter influência nas decisões de compra dos consumidores.

A medida, apresentada pelo comissário europeu responsável pela pasta da saúde, Markos Kyprianou, enquadra-se na preocupação de inverter a crescente percentagem de população com problemas de obesidade na Europa, que é já responsável por 12% dos óbitos registados no continente.
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in reflexodigital