segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Vitamina elemento indispensável à vida

Foi no século XX que foram descobertas quase todas as vitaminas conhecidas e nele nasceu o próprio conceito de vitamina, ou seja, uma substância aminada indispensável à vida.

As vitaminas - aminas da vida - foram assim denominadas por Casimir Funck, um bioquímico Norte Americano, de origem polaca, quando verificou que os alimentos possuíam factores azotados indispensáveis à vida, tendo então criado o termo "Vitamina" para os designar.
A palavra "vita", em latim significa "vida", a palavra "amina" corresponde a "compostos orgânicos com azoto".

Mais tarde, descobriu-se que, nem todas possuem azoto, mas o termo já estava vulgarizado, pelo que ainda hoje se usa.

Mas, este novo século em que vivemos tem sujeito a maior crítica o entusiasmo com que os investigadores promoveram as vitaminas. Na realidade, dizem muitos, as aplicações terapêuticas das vitaminas são importantes mas dizem respeito a situações clínicas bem definidas, raras hoje em dia nas sociedades ocidentais: escorbuto, raquitismo, beri-beri, pelagra, etc. constituem entidades tão raras, que um clínico geral pode passar a vida sem se deparar com uma única situação destas.

E os críticos vão mais longe, quando se lhes faz notar que a raridade dessas situações se deve ao facto de administrar-mos vitaminas com fins profilácticos: respondem que sim, que é verdade, mas que uma alimentação equilibrada e variada fornece as vitaminas de que precisamos.

Ora, aí é que está o cerne da questão. Poucas pessoas conseguem ingerir diariamente os níveis de nutrientes adequados. Comemos demasiados alimentos pré-preparados e congelados, com muitos conservantes e corantes; fazemos muitas refeições do tipo fast-food; abusamos dos fritos, dos alimentos ricos em açúcar e com elevado teor em gordura, em detrimento dos frutos, vegetais e cereais.

Tal pode acontecer em qualquer idade, mas as crianças em fase de crescimento, as mulheres grávidas ou lactantes, os desportistas, os profissionais obrigados a esforço físico, os idosos com dietas monótonas ou pouco variadas, todas as pessoas que não comem quantidades suficientes de legumes e frutos beneficiam, certamente, da toma de suplementos vitamínicos equilibrados. A suplementação alimentar é uma ajuda preciosa na manutenção do nosso bem-estar, nomeadamente a título preventivo.

O prémio Nobel da Medicina e Fisiologia, descobridor da vitamina C, Szent Gyorgi, foi autor de um livro, enaltecendo as qualidades das vitaminas, e na primeira página escreveu o seguinte silogismo "Sem saúde não há felicidade; sem vitaminas não há saúde; logo, sem vitaminas não há felicidade."

O espírito treinado em lógica descobre neste silogismo um vício de forma, mas a verdade é que as vitaminas podem contribuir para a nossa saúde, condição básica sobre a qual se constrói a vida feliz.

Parece pois plenamente justificado lembrar que as vitaminas são, de facto, essenciais à vida e à saúde e que muito frequentemente a dieta que as pessoas realmente fazem não assegura o aporte recomendável destes princípios activos.

Dr. Walter Osswald, Catedrático jubilado da Faculdade de Medicinada Universidade do Porto (FMUP)

in medicos de portugal
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