sexta-feira, 28 de março de 2008

Cancro do Colo do Útero e o Papilomavírus Humano (HPV)

Factos e números importantes. O que é o cancro do colo do útero? O que é que provoca o cancro do colo o útero? O cancro do colo do útero apresenta sintomas? Como pode ser prevenido? Como é diagnosticado? Qual é o tratamento?

Factos e números importantes

São diagnosticadas anualmente cerca de 500.000 cancros do colo do útero em todo o mundo e 250.000 mulheres morem por esta doença neste período de tempo (o equivalente a quase 685 mulheres por dia ou 30 por hora).

Na Europa [i], são anualmente diagnosticados cerca de 33.500 cancros do colo do útero e 15.000 mulheres morrem em consequência da doença por ano (o equivalente a 40 mulheres por dia e duas mulheres por hora).

Apesar do rastreio para a detecção numa fase inicial, o cancro do colo do útero permanece a segunda maior causa de morte (a seguir ao cancro da mama) entre mulheres jovens (idades compreendidas entre os 15 – 44), na Europa.

O cancro do colo o útero é causado exclusivamente pelo Papilomavírus Humano [ii].

Estima-se que aproximadamente 70% de pessoas sexualmente activas serão expostas ao Papilomavírus Humano num determinado momento das suas vidas, frequentemente na adolescência ou na fase de jovens adultos.

A vacina do cancro do colo do útero cobre os tipos de Papilomavírus Humanos que causam 75% dos casos de cancro do colo do útero.
Estudos aplicando modelos matemáticos nos EUA demonstraram recentemente que a vacinação contra o cancro do colo do útero pode prevenir até 91% destes cancros cujos vírus são cobertos pela vacina, dependendo da estratégia de vacinação.

A primeira vacina contra o cancro do colo do útero foi aprovada nos EUA em Junho de 2006 e na União Europeia em Setembro de 2006. Até à data, foi aprovada em 55 países a nível mundial.

Até este momento os programas de vacinação só foram promovidos e financiados nos EUA, Canadá e Austrália.

O que é o cancro do colo do útero?
O cancro do colo do útero localiza-se no cérvix – a zona inferior do útero que o liga à vagina.

Apesar do rastreio para a sua detecção numa fase inicial, o cancro do colo do útero permanece a segunda maior causa de morte (a seguir ao cancro da mama) entre mulheres jovens (idades compreendidas entre os 15 – 44), na Europa [i].

Na Europa i, são anualmente diagnosticados cerca de 33.500 cancros do colo do útero e 15.000 mulheres morrem em consequência da doença por ano (o equivalente a 40 mulheres por dia e duas mulheres por hora).

O que é que provoca o cancro do colo do útero?
Ao contrário de muitos outros tumores malignos, o cancro do colo do útero é provocado por um vírus.

Este vírus é denominado Papilomavírus Humano.

O elo entre a infecção por Papilomavírus Humano e o cancro do colo do útero é muito mais estreito do que o elo entre o tabaco e o cancro do pulmão.
O Papilomavírus Humano é muito comum e facilmente transmissível.

Qualquer actividade sexual que envolva o contacto íntimo ou genital com uma pessoa infectada pode levar à transmissão do Papilomavírus Humano.

Não é necessária a penetração e os preservativos não garantem protecção contra o Papilomavírus Humano.

O Papilomavírus Humano é referido com sendo ‘silencioso’, dado que os indivíduos infectados pelo Papilomavírus Humano não apresentam frequentemente sintomas e, por isso, o vírus pode ser transmitido sem que a pessoa infectada o saiba.

Estima-se que aproximadamente 70% de pessoas sexualmente activas serão expostas ao Papilomavírus Humano num determinado momento das suas vidas, frequentemente na adolescência ou na fase de jovens adultos.

Existem mais de 100 tipos de Papilomavírus Humano, no entanto a grande maioria é inofensivas. Os tipos 6, 11, 16 e 18 causam a grande maioria das doenças genitais por Papilomavírus Humano, incluindo o cancro do colo do útero.
O Papilomavírus Humano é eliminado naturalmente em 90% dos casos.

Por vezes, o vírus permanece no organismo e pode causar lesões no colo do útero com potencial de progressão para cancro.

O cancro do colo do útero apresenta sintomas?

O cancro do colo do útero pode não apresentar sinais ou sintomas até atingir uma fase avançada.

Embora não específicos, alguns sinais de cancro do colo do útero podem incluir:

» Hemorragia vaginal anormal

» Dor durante o acto sexual

» Corrimento vaginal anormal

» Dor na região pélvica

COMO PODE SER PREVENIDO?

A vacinação contra o cancro do colo do útero como prevenção primária, em combinação com o rastreio para detecção precoce, maximizam a eficácia do programa de combate ao cancro do colo do útero.

» Prevenção Primária: Vacinação

Uma vez que o cancro do colo do útero é causado por um vírus, é um dos poucos tumores malignos em que pode ser administrada uma vacina profiláctica.

A vacina do cancro do colo do útero abrange actualmente os Papilomavírus Humanos dos tipos que causam 75% do cancro do colo do útero.

Estudos aplicando modelos matemáticos nos EUA demonstraram recentemente que a vacinação contra o cancro do colo do útero poderia prevenir até 91% dos cancros do colo do útero cujos vírus são cobertos pela vacina, dependendo da estratégia de vacinação.
A vacinação pode reduzir significativamente a incidência de resultados anormais nos rastreios, a necessidade das mulheres se submeterem a exames adicionais, ou a remoção cirúrgica das células cancerosas.

A vacinação de raparigas pré-adolescentes e adolescentes, antes da exposição ao Papilomavírus Humano, bem como de mulheres no pico de exposição, é considerada a abordagem mais benéfica.

A vacina funciona através da injecção de partículas tipo-vírus (VLP – vírus-like particles) que imitam de forma muito próxima este vírus, induzindo uma imunidade forte e persistente contra uma futura infecção por Papilomavírus Humano. As VLP correspondem a cápsides vazias de Papilomavírus Humano. Não incluem quaisquer genes virais e por isso não podem levar ao desenvolvimento de doença.

A primeira vacina contra o cancro do colo do útero foi aprovada nos EUA em Junho de 2006 e na União Europeia em Setembro de 2006. Até à data foi aprovada em 55 países a nível mundial.

Até este momento os programas programas de vacinação só foram promovidos e financiados nos EUA, Canadá e Austrália.

» Prevenção Secundária: Rastreio

O rastreio do cancro do colo do útero não previne a doença mas ajuda a detectar a presença de células anormais causadas pelo Papilomavírus Humano.

O rastreio deve ser mantido dado que as raparigas ou mulheres podem ter sido infectadas antes da vacinação e a vacinação não oferece uma protecção contra todos os tipos de cancro do colo do útero.

Em muitos países Europeus, os programas de rastreio enfrentam múltiplos desafios, incluindo: falta de adesão, baixo nível de sensibilidade e especificidade e ainda amostras inadequadas que requerem uma repetição do exame.

O rastreio do cancro do colo útero pode causar alguma ansiedade nas mulheres, podendo causar-lhes embaraço ou dor. O período de espera pelos resultados também pode ser um problema. A constatação de um resultado anormal, ou o facto de ter que se repetir o esfregaço para obtenção de um diagnóstico definitivo, causa uma carga emocional adicional.

Uma citologia negativa não garante que o cancro do colo do útero não irá desenvolver-se no futuro. Em casos raros, mulheres rastreadas regulamente podem vir a desenvolver cancro do colo do útero nos três anos após um exame citológico negativo.

Como é diagnosticado?

O esfregaço do colo do útero pode detectar lesões pré-cancerosas do colo do útero assim como cancro.

Também conhecido como rastreio, o esfregaço do colo do útero faz parte de um exame ginecológico.

Uma citologia anormal pode requerer a repetição do exame para verificar se células do colo do útero anormais ainda estão presentes, uma colposcopia para avaliar a existência de anomalias no colo do útero, e/ou uma biópsia para verificar se estão presentes células pré-cancerosas.

Qual é o tratamento?

Não existe um tratamento que elimine o vírus por si. Só a remoção de tecido anormal pode realmente prevenir a evolução de células cancerosas e pré- cancerosas para cancro invasivo.

O cancro do colo do útero pode ser tratado através de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia, isoladamente ou em combinação, dependendo do estadio de evolução da doença.

O tratamento cirúrgico é invasivo, pode ser agressivo para a doente e pode resultar em infertilidade. A radioterapia e a quimioterapia podem causar efeitos secundários graves a longo prazo, tais como menopausa precoce, problemas a nível da bexiga e intestino, infertilidade e uma menor resistência à infecção.
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[i] União Europeia com 25 membros mais Islândia, Noruega e Suiça
[ii] 99,7% dos cancros do colo do útero contêm material genético (ADN) do vírus

in medicosdeportugal

terça-feira, 18 de março de 2008

Revista Today: Boa gestão do bem-estar a caminho da terceira idade





1º Trimestre de 2008



Faça uma boa gestão do seu bem-estar a caminho da terceira idade.

Ao envelhecermos, o corpo modifica-se e isso afecta os nossos requisitos físicos e nutricionais. Mas isso não significa que chegou a hora de desistir de uma boa nutrição ou reduzir os seus níveis de actividade. Pelo contrário, agora até deve ter mais tempo livre, provavelmente os filhos já saíram de casa. Por isso, agora é uma excelente altura para começar a olhar mais atentamente para a sua dieta e para os seus níveis de actividade física.


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segunda-feira, 17 de março de 2008

Portugueses sofrem mais de diabetes - casos aumentaram 40%

Nos últimos sete anos, aumentou o número de portugueses a sofrer de diabetes, o que representa uma subida de 40% no número de casos.

A doença é um flagelo que afecta mais de 7% da população mundial, sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo.
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Estima-se que dez em cada 100 portugueses sejam atingidos pela diabetes, como informa a SIC Online.

Por sua vez, cerca de 300 mil portugueses não sabem que têm diabetes, visto que a doença é silenciosa e pode permanecer assintomática por muito tempo.

Em Portugal, a diabetes tipo II é a mais frequente, atingindo principalmente os adultos, embora exista cada vez mais casos de crianças e jovens com este tipo de diabetes.

in fabricadeconteudos

quarta-feira, 12 de março de 2008

Ómega 3 pode ajudar no tratamento da epilepsia

Estudo refere que a gordura benéfica protege e estimula a formação de novos neurónios. Refira-se que a pesquisa foi realizada com ratos, todavia já estão a ser feitos testes em humanos.

A Band News noticiou que este estudo brasileiro declara que o Ómega 3, um tipo de gordura benéfica, pode melhorar a vida dos epilépticos, protegendo os seus neurónios. Acrescenta ainda que o Ómega 3 é um nutriente preventivo importante para doenças que causam alterações cerebrais, como os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) e os Traumatismos Cranio-Encefálicos.

A epilepsia configura-se como a doença crónica grave mais comum entre os brasileiros, atingindo cerca de 2% da população.

O Ómega 3 não é produzido pelo organismo humano, tendo que esta gordura ser obtida por meio da ingestão de alimentos como peixes marinhos (salmão, atum, bacalhau, sardinha, etc.), nozes, óleos vegetais e suplementos.

O coordenador da pesquisa, realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), refere que este comportamento não tem contra-indicação, no entanto não tem uma acção tão eficaz quanto a de um medicamento antiepiléptico. Adianta que para a resposta ser ainda melhor, além da toma do medicamento, o paciente deve comer peixe pelo menos três vezes por semana.

adaptado de clicabrasilia

segunda-feira, 10 de março de 2008

Mais de 250 mil casos analisados - Excesso de peso associado a 13 tumores

Diabetes, hipertensão, colesterol, problemas na pele. A lista prossegue, repleta de doenças, diferentes entre si, mas tendo em comum a obesidade. De acordo com uma investigação realizada por cientistas britânicos e suíços, ao rol de enfermidades associadas ao excesso peso pode juntar-se, sem grandes dúvidas, o cancro.

Garantem os especialistas da Universidade de Manchester, do Hospital Christie e da Universidade de Berna que o risco de desenvolver um tumor maligno em quem sofre de obesidade é maior não só no caso dos cancros mais comuns – como o da mama, cólon ou rins – mas também naqueles com menor incidência, estando associado a 13 tumores.

Ao analisar mais de 250 mil casos de cancro e 141 estudos de diferentes origens, os especialistas concluíram que o risco de cancro associado a um aumento do índice de massa corporal (relação entre peso e altura) de cinco valores (o que corresponde a mais 15 quilos) é 24 por cento superior nos homens quando se trata do cancro do cólon e renal, percentagem que sobe no caso do adenocarcinoma do esófago (52 por cento) e do cancro da tiróide (33 por cento).

Nas mulheres, 13 quilos a mais do que o normal equivalem a um risco elevado, por exemplo, de cancro do endométrio e da vesícula (59 por cento) ou dos rins (34 por cento).

O trabalho, publicado na revista ‘The Lancet’, é mais uma prova de que a obesidade está associada ao risco de cancro. Porém, fica por esclarecer, segundo os investigadores, se a redução de peso pode servir de protecção contra os tumores malignos.

Este foi o tema de um estudo do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e do Instituto Português de Oncologia do Porto. Rui Medeiros, um dos autores, verificou que o risco de cancro da próstata é maior entre homens com excesso de peso. Isto porque, explica ao CM, “a obesidade, pelo desequilíbrio que provoca no organismo, causa a activação de mecanismos que aumentam o risco de cancro”.
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SELO CONFIRMA QUALIDADE
Chama-se Alimento Positivo e pretende ser um selo de qualidade, sinónimo de reconhecimento oficial dos alimentos que podem fazer parte da ementa de uma alimentação saudável. É uma iniciativa da Plataforma contra a Obesidade, que viu há poucos dias publicado o seu regulamento. “Esta medida visa incentivar uma progressiva mudança nos hábitos alimentares da população portuguesa”, pode ler-se no documento que define as regras para o selo e determina as condições segundo as quais entidades públicas ou privadas da indústria de produtos alimentares e restauração podem candidatar-se.
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CRIANÇAS COM PESO A MAIS
É já considerada uma epidemia dos tempos modernos. Ninguém parece estar imune, nem mesmos as crianças, vítimas de uma educação alimentar, ou falta dela, que as condena a uma infância com quilos a mais, responsáveis, mais tarde, por problemas de saúde mais ou menos graves. Em Portugal, 24 por cento das crianças em idade pré-escolar apresenta excesso de peso. A estas junta-se ainda sete por cento de miúdos obesos, valor que aumenta quando se trata dos mais pequenos, com idades compreendidas entre os sete e os nove anos – 32 por cento tem peso a mais e 11 por cento já sofre de obesidade.

DOCES SÃO GRANDES INIMIGOS DA SAÚDE
Os doces e a chamada comida de plástico, tal como os hambúrgueres, são responsáveis pelo constante aumento do número de crianças gordinhas.

POPULAÇÃO EM RISCO CARDIOVASCULAR
Segundo um estudo nacional, mais de metade das pessoas entre os 18 e os 64 anos tem excesso de peso ou obesidade, sofrendo de risco cardiovascular acrescido associado a um perímetro abdominal acima do recomendado.

RISCO DOS QUILOS EM EXCESSO
A lista de problemas de saúde associados à obesidade é extensa. A doença, considerada uma epidemia, muda a vida e a saúde de quem dela sofre.

INFERTILIDADE
Estudos confirmam que a existência de um índice de massa corporal mais elevado pode contribuir para reduzir a fertilidade nas mulheres.

CANCRO
São vários os tumores malignos directamente relacionados com a obesidade. Entre estes contam-se os dos rins, cólon, tiróide, mieloma múltiplo, recto, bexiga, da mama e da próstata.

DIABETES
A obesidade é um dos principais responsáveis pelo aparecimento da diabetes tipo 2, fazendo aumentar três vezes o risco de desenvolver a doença.

HIPERTENSÃO
Restam poucas dúvidas de que obesidade e pressão arterial elevada estão relacionadas, com a primeira a piorar a segunda.

APNEIA
A obesidade é um factor que agrava o quadro de apneia do sono. Perder alguns quilos ajuda a melhorar o funcionamento dos pulmões e da respiração, ajudando a dormir melhor.

DOENÇA CORONÁRIA
Os obesos têm um risco acrescido de problemas cardíacos, dado o esforço acrescido que o excesso de peso exerce sobre o coração.
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COLESTEROL
O aumento no sangue dos valores das gorduras nocivas para o coração pode também ser atribuído à obesidade.

REALIDADE EM NÚMEROS
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» 20 por cento da população europeia é obesa, problema que tem grande impacto nas crianças e nas classes sociais mais desfavorecidas.
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» 50 por cento dos adultos de todo o Mundo serão obesos em 2025 se não forem adoptadas medidas para travar a actual tendência de crescimento.

» 400 mil crianças aumentam o número de obesos no Mundo, anualmente.

» 497 milhões de euros correspondem aos custos directos e indirectos da obesidade, isto é, cerca de 3,5 por cento das despesas directas com a Saúde.

» 18,5 a 24,9 é, segundo a Organização Mundial da Saúde, o intervalo de valores do índice de massa corporal considerado normal e saudável.

in correio da manhã

sexta-feira, 7 de março de 2008

Pesquisa mostra que brasileiros comem mal

Uma pesquisa feita nas cinco regiões do país mostra que os brasileiros não se alimentam de forma saudável. Comem frituras demais e dispensam grelhados e verduras. Fazem as refeições diante da televisão. Gostam de ir a lanchonetes de fast food. Ingerem os alimentos rápido, com pressa. E, quando podem, "beliscam" algum lanche fora de hora.

"A maioria da população tem hábitos muito ruins, que mais cedo ou mais tarde terão repercussões sérias na saúde", diz o médico Luiz Vicente Berti, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (bariátrica é a cirurgia de redução do estômago).
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A pesquisa que retratou os hábitos alimentares dos brasileiros foi realizada a pedido dessa entidade médica pelo instituto de opinião Toledo & Associados. Entre julho e setembro do ano passado, foram entrevistadas, em suas casas, 2.179 pessoas de todas as classe sociais nas cinco regiões do país. É um dos mais completos e abrangentes estudos desse tipo já feitos no Brasil.
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Diante dos maus hábitos alimentares, a pesquisa apontou que 63,1% dos brasileiros estão acima do peso. Vivem no país cerca de 117 milhões de pessoas com sobrepeso ou obesidade. As conseqüências dos erros na hora de comer são as chamadas doenças crônicas não-transmissíveis, como a hipertensão, o diabetes e os males do coração, que podem levar à morte se não forem tratadas.
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Para o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, os brasileiros comem errado por pura falta de informação. "As pessoas aprenderam com a mãe e com a avó que a comida tem de ser pesada, aquela montanha de arroz e feijão no prato. Acham que comer bem é deixar o estômago cheio", afirma Berti.

in gazeta do sul

terça-feira, 4 de março de 2008

Conheça os sinais de alarme do enfarte e do AVC

Os outdoors não deixam ninguém indiferente. Um coração e um cérebro, parcialmente cortados, são a imagem de marca de uma campanha de sensibilização pública, que arrancou no passado dia 15 de Janeiro, e cujo objectivo é alertar a população para as doenças cardiovasculares.

“Mais rápido que…” um acidente vascular cerebral (AVC) e um enfarte agudo do miocárdio (EAM) é o slogan de uma campanha, promovida pela Coordenação Nacional das Doenças Cardiovasculares do Alto Comissariado da Saúde, que, desde 15 de Janeiro, está nas ruas de todo o País. Em vários locais públicos, foram espalhados cartazes e outdoors com um objectivo cirúrgico: reduzir a mortalidade cardiovascular em Portugal.“

É possível ganhar vidas se o tratamento for instituído a tempo, mas, para que tal aconteça, é preciso que a população conheça os sinais de alerta, de modo a poder accionar, através do 112, o sistema médico pré-hospitalar”, explica o Prof. Ricardo Seabra Gomes, coordenador nacional para as doenças cardiovasculares.

Para servir este propósito, foram criadas as Vias Verdes que, como descreve Ricardo Seabra Gomes, “são estratégias organizadas de diagnóstico, encaminhamento e tratamento expedito, sobretudo na fase pré-hospitalar”. Mas, para que o doente seja encaminhado rapidamente para o hospital mais adequado, “é preciso actuar com urgência”.

O factor tempo é, aliás, uma condição essencial para que a terapêutica seja administrada dentro das três primeiras horas, após o início das queixas. Só assim será possível “abortar” o evento cardiovascular e impedir eventuais sequelas que, no limite, podem conduzir à morte.

“A primeira reacção do doente é esperar que os sintomas passem”, lamenta o coordenador nacional para as doenças cardiovasculares. E apela à população para que não se dirijam pelos seus próprios meios ao hospital, já que, através das Vias Verdes, os doentes beneficiam de um acesso directo e em tempo útil às unidades de intervenção mais apropriadas.

Sinais de alerta

Segundo Ricardo Seabra Gomes, perante uma dor forte no peito, suores, náuseas ou vómitos, o doente não deve ignorar os sintomas, principalmente se os mesmos persistirem por mais de 5 minutos. “O primeiro passo é ligar o 112”, afirma.

O Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) – local onde são recebidas as chamadas de emergências médica – “conhecedor das queixas, desloca os meios necessários a casa do doente”. Tratando-se de um enfarte, “o objectivo é realizar, rapidamente, um electrocardiograma: um exame que poderá ser feito no domicílio ou na ambulância”.

Confirmado o diagnóstico, o INEM transporta o doente para o hospital mais adequado, podendo iniciar o tratamento antes mesmo da chegada ao Hospital.

A instalação súbita de boca de lado, a dificuldade em articular palavras e a falta de força num dos membros são sinais que, à partida, podem denunciar a ocorrência de um AVC.

Contudo, neste caso particular, será necessário realizar uma TAC, em ambiente hospitalar, para confirmar se o evento é de origem trombolítica, ou seja, se resulta do entupimento de uma artéria. Para se proceder à realização deste exame, o INEM encaminha os doentes para um dos hospitais, definidos pela coordenação, onde exista uma unidade de AVC.

“É preciso ressalvar que, em ambos os casos, deve ser accionado o INEM, através da linha 112. Com o mecanismo das Vias Verdes, o doente carimba directamente o passaporte para as unidades de tratamento especializado”, completa.

in medicosdeportugal