quarta-feira, 2 de maio de 2007

Ministério da Saúde lança Plataforma Contra Obesidade

A Plataforma Contra a Obesidade foi lançada esta quarta-feira, 3-05-2007, pelo Ministério da Saúde, uma medida que visa apostar na prevenção e no combate à doença.


Esta foi uma iniciativa conjunta dos ministérios da Saúde e Educação, que tem por objectivo combater uma doença que se prevê que afecte mais de metade da população mundial em 2025, caso não sejam tomadas as devidas precauções.

A cerimónia de apresentação decorreu em Lisboa, e contou com a presença do ministro da Saúde, Correia de Campos. O Executivo considera ainda urgente que se intensifiquem trabalhos de investigação científica e aplicada, através da mobilização de energias, recursos e meios, «nomeadamente nas instituições académicas e no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, em articulação com centros de saúde e hospitais».

Através da nova plataforma, o Ministério da Saúde defende que será possível diminuir e prevenir doenças crónicas de elevada prevalência como a diabetes e a doença cardiovascular, a fim de que sejam conseguidos ganhos na prevenção de outras patologias graves como o cancro e as doenças osteo-articulares.
A medida visa ainda contribuir para o controlo do crescimento da obesidade até 2009, uma iniciativa que se torna urgente dado que, em Portugal, cerca de 32% das crianças entre os sete e os nove anos de idade têm excesso de peso e 11% são consideradas obesas.

De acordo com dados do ministério, estima-se que metade da população em idade adulta tenha excesso de peso e 15% seja mesmo obesa. Estes valores representam custos directos de 3,5% das despesas totais de saúde.

De salientar ainda que nesta plataforma colaboram representantes de diversos ministérios como da Saúde, da Educação, da Economia, da Agricultura e da Associação Nacional de Municípios Portugueses, bem como de associações da sociedade civil.

A tradução e divulgação da Carta Europeia de Combate à Obesidade e a edição da Carta Portuguesa são outras das acções que se pretendem desenvolver, bem como exigir um maior controlo do perfil nutricional, relativo à quantidade de calorias, sal, açúcar e gorduras, dos alimentos produzidos pela indústria alimentar, bem como impor uma maior informação na rotulagem das embalagens.

No âmbito da prestação dos cuidados de saúde, diversos centros de saúde deverão adoptar um programa experimental de consultas que envolva diversos profissionais como médicos, nutricionistas, fisiologistas do exercício, psicólogos e enfermeiros, bem como será ainda criado um módulo apropriado de aconselhamento no Centro de Atendimento Telefónico do Serviço Nacional de Saúde.

A medida conta também com a introdução e promoção de um menu saudável, que levará à atribuição de um prémio aos estabelecimentos que o adoptem, através de um concurso anual.

As autarquias deverão ainda adoptar novas orientações no que diz respeito à promoção e divulgação da actividade física, uma medida que deverá estar contida nos Planos Directores Municipais (PDM) relativamente à prática de exercício, actividades físicas e desportivas, entre parques, passeios pedonais e ciclo vias. Serão ainda criados gabinetes nos municípios com competências em matéria de alimentação que sejam capazes de supervisionar a alimentação pré-escolar e escolar.

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