Gene pode ser a chave da longevidade
Cientistas norte-americanos identificaram o gene responsável por aumentar a longevidade e melhorar a qualidade de vida. A descoberta, publicada hoje na revista científica Nature, sugere que a restrição calórica pode ser benéfica para os humanos.
De acordo com os cientistas, “uma dieta restritiva é uma das formas para se aumentar a longevidade”, refere Andrew Dillin, do Salk Institute for Biological Studies, na Califórnia, ao jornal britânico The Guardian. Os especialistas sugerem que o consumo diário de apenas 60 ou 70 por cento das 2 mil calorias recomendadas pode ser benéfico.
O estudo baseou-se na análise do gene pha-4 encontrado nos C.elegans, minúsculos vermes que vivem em média duas semanas e são ideais para a compreensão do processo de envelhecimento. Este gene era a chave que faltava para decifrar a associação que existe entre a dieta restritiva e o aumento da longevidade: “É o primeiro passo para se definir a resposta molecular em relação a redução de alimentos”, disse Dillin.
Nos vermes com o gene pha-4 bloqueado, submetidos a uma dieta restritiva, não se verificaram aumentos na longevidade. Mas, os vermes com altos níveis de actividade do gene pha-4, submetidos à mesma dieta, viveram durante muito mais tempo. Para os cientistas, este resultado representa a primeira evidência genética, que indica que pode existir uma ligação entre os genes e tempo de vida.
O grupo de cientistas pretende agora estender a investigação a animais mais complexos.
in Público, artigo na Nature, Rita Sousa
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