Esperança para o tratamento do cancro do pâncreas
Molécula pode ajudar no diagnóstico e tratamento do cancro do pâncreas.
Cientistas norte-americanos identificaram uma molécula que poderá ajudar a diagnosticar e a tratar melhor o cancro do pâncreas, que apresenta uma das maiores taxas de mortalidade. Os investigadores da Universidade de Ohio descobriram uma forma de diferenciar o cancro do pâncreas do tecido não canceroso e assinalar os pacientes com possibilidades de sobreviver mais de dois anos.
Durante o estudo, publicado no "Journal of the American Medical Association", foram examinadas células do cancro pancreático para identificar no seu interior moléculas minúsculas chamadas microRNA (miRNA). Aparentemente certos níveis destas moléculas podem ajudar a distinguir o cancro do pâncreas do tecido vizinho não canceroso e do tecido pancreático inflamado.
"As nossas descobertas sugerem que as moléculas miRNA poderiam ajudar a detectar a doença antes e a diferenciá-la das condições não cancerosas", disse o responsável pelo estudo, Mark Bloomston, professor assistente de Cirurgia no James Cancer Hospital de Ohio e no Solove Research Institute.
"Podemos também prever que pacientes poderão recuperar melhor ou pior, segundo os seus níveis de miRNA", acrescentou. "Era precisamente essa relação com a possibilidade de sobrevivência o que faltava saber sobre o cancro do pâncreas".
Para esta investigação, Bloomston e os colegas examinaram amostras de tumores de 65 pacientes com adenocarcinoma do pâncreas, a forma mais comum do cancro pancreático. O número de mortes por esta doença é quase idêntico ao de casos diagnosticados, por ser difícil de diagnosticar precocemente e porque o seu tratamento tem contado com poucos avanços nos últimos anos.
Em Portugal surgem 300 a 400 novos casos por ano, atingindo mais homens do que mulheres.
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